segunda-feira, 30 de maio de 2016

Exposição: O Triunfo da Cor. O Pós-Impressionismo

Fomos ver a Exposição O Triunfo da Cor. O Pós-Impressionismo com obras do Musée D'Orsay e do Musée de l'Orangerie no dia 26 de Maio de 2016. A exposição conta com obras de Van Gogh, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Matisse, Seurat entre outros. Nessa exposição também não foi permitido tirar fotos dentro, mas está bem interessante.



Chegamos mais cedo e tinha uma fila média para entrar. Como pegamos os ingressos antes, a moça que cuida da fila me disse para passar na frente porque os que estavam lá ainda não tinham retirado. Entramos e estava lotado. O que dificultou a apreciação dos quadros, já que muitos deles são de pontilhismo e a sua observação de perto nos faz reparar na técnica e não o que o autor gostaria de passar.

Tentaram manter a parede na cor original em que o quadro está pendurado no museu e eu devo dizer que ficou estranho ver aquelas cores vivas. Como eu entrei sem passar na bilheteria não recebi o programa que fui pedir depois. Nele encontramos os artistas separados pelas cores das paredes e o que cada período representa. A cor é muito importante para esse movimento.




No segundo andar tivemos que esperar bastante, tem número certo de pessoas que entram em cada sala. Lá conversei com a moça que toma conta da entrada e ela me disse que a fila de manhã estava muito maior. Que o movimento foi maior cedo e que todos os dias as filas estão sendo grandinhas. As minhas filhas tiveram que ficar no colo na maior parte do tempo porque do chão não conseguiam ver quase nada. 

Dessa vez tinha muitas crianças na exposição, o que me deixa muito feliz. Todas prestando atenção nas obras. Como nas outras exposições no Centro Cultural Banco do Brasil, nessa também tinha atividades educativas e para o público infantil. No quarto andar que é a parte de mídia, tem um espaço para mexermos nos pontos e observarmos o que pode ser feito, os desenhos que surgem. Uma experiência prática do pontilhismo. As minhas filhas curtiram, mas disseram que não conseguiram ver muita diferença nessa proposta. A minha filha mais velha (5 anos) disse que o que ela achou mais interessantes nas obras e principalmente nas de pontilhismo é que não tem borda definida do que é o que. De perto tudo se mistura e de longe ela vê tudo bem definido. As obras que ela mais gostou foram: Perfil de Mulher de Maillol e Modelo de Pé e de frente de Georges Seurat. Já a minha mais nova (3 anos) falou que gostou da obra Mulheres do Tahiti de Paul Gauguin, ela chama de Mulheres do Hawaii. 


Proposta didática de Pontilhismo.

Nós conseguimos pegar a leitura de livros para as crianças. As minhas filhas foram correndo sentar para ouvir a história. Adorei o livro escolhido. O moço tinha vários livros para faixas etárias diferentes. Como eram todos com idade próxima das minhas filhas, ele leu Érica e os Girassóis. Amei o livro e como ele explicou. Algumas das obras que tem no livro estão expostas e ele foi perguntando para as crianças se elas lembravam de terem visto o quadro. Perguntava em qual sala estava. Elas gostaram muito. 

Me informaram que na parte da manhã era outra proposta para as crianças, de se vestirem com fantasias e fingirem que estavam dentro das obras e que eu poderia voltar apenas para participar sem pegar fila.

A página do Facebook do Centro Cultural Banco do Brasil postou uma reportagem com um teste com algumas obras que estão na exposição e é muito legal fazer para ver se as pessoas prestaram atenção nas obras. Algumas são fáceis de saber por ter muito da característica do artista, outras fogem um pouco.


Informações:
Exposição: O Triunfo da Cor
De: 04/05/2016 à 07/07/2016
Local: Centro Cultural Banco do Brasil
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro
Horário: De quarta à segunda das 9h as 21h.
Entrada: Franca (Reserva de entrada com data e horário marcado no site do Ingresso Rápido)
Site: http://culturabancodobrasil.com.br/portal/o-triunfo-da-cor/

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Espetáculo: Tardes de Ópera

Entrada do Teatro

Fomos no dia 22 de Maio de 2016 pela primeira vez ao Teatro São Pedro. Foi a primeira vez que as minhas filhas foram em uma ópera. Assistimos La Bohème de Ruggiero Leoncavallo, obra em 4 atos. Fomos a convite de um amigo que era o tenor da apresentação.


Hall de entrada

Foi muito interessante conhecer a história do teatro. Ele foi inaugurado em 1.917, com uma programação cultural intensa de peças, cinema e música. Das casa abertas nessa época em São Paulo restaram só o Teatro São Pedro e o Teatro Municipal. Ele é muito lindo. As minhas filhas ficaram maravilhadas com o prédio. Pediram para subir e ver o andar de cima. Chegaram perto do palco. Acharam que o salão principal daria para fazer um baile como no filme da Bela e da Fera.


Sala de espetáculo


A minha filha mais velha (5 anos) não se lembra direito, mas ela pedia para esse meu amigo cantar Amapola quando ela tinha uns 2 anos de idade. Ela adorava ouvir os 3 tenores e não foi surpresa ela dizer que adorou e gostaria de ver mais óperas. Já a minha filha mais nova (3 anos) me pediu para sair no meio do 3 ato. Ela disse que gostou, mas achou muito comprido. Que ela queria sair porque não queria mais ficar quietinha lá dentro.


O Palco

Elas eram as crianças mais novas no espetáculo. Tinha mais 4 crianças e elas foram convidadas a se retirar da sala. Um deles fazia muita bagunça e parece que não se acalmou e tiveram que ir embora. Quando saí com a minha pequena, me perguntaram porque eu estava saindo e eu respodi que ela pediu para sair pois não aguentava mais ficar quieta. Os funcionários do teatro me disseram que ficaram felizes por eu ter dado esse tipo de educação. Ela avisa quando quer sair. E me contaram o que ocorreu com as outras crianças. Me informaram também que haverá a ópera Onde Vivem os Monstros de Oliver Knussen em Outubro e talvez a menor fosse curtir mais.


No Hall de entrada, porta principal

Foi uma experiência bem gostosa. Agora me deu vontade de leva-las para ver a que me recomendaram lá e em Dezembro do Shakespeare na ópera.



Informações:
Tardes de Ópera
Local: Teatro São Pedro
Endereço: Rua Dr. Albuquerque Lins, 207 - São Paulo 
                 (Perto da estação de metro Marechal Deodoro).
Horário: Domingo as 17h
Entrada: Gratuita (pegar antes na bilheteria)
Site: http://www.theatrosaopedro.org.br/


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Exposição: Histórias da InfIancia e Playgrounds (MASP)

O Escolar, de Van Gogh

Fomos no dia 28 de Abril de 2016  nas exposições do MASP; Histórias da Infância e Playgrounds. Era uma quinta-feira e como o museu fecha mais tarde nesse dia pudemos aproveitar bastante. Entramos as 17 horas, o que seria tarde para os outros dias, e a moça do elevador, muito simpática, nos sugeriu de começar pela exposição Histórias da Infância e depois descer. Foi o que fizemos. Essa exposição começa no segundo andar e continua em baixo. O que tem de muito interessante é o audio guia que foi feito por crianças, explicando a obra para crianças, e ele pode ser ouvido no link que coloquei a baixo. As obras foram colocadas mais baixo do que de costume, para ficar numa altura agradável para elas apreciarem. Tudo pensado para as crianças.

Rose e Azul, de Renoir

A exposição reune diversas representações da infância de diferentes épocas, nacionalidades e tipo de arte. Encontramos obras de Van Gogh, Renoir, Portinari, assim como obras sacras, fotos mais atuais e desenhos de crianças. O audio precisa ser baixado no celular para ouvir durante o passeio. Nós (minhas filhas e eu e os amigos que estavam junto) começamos a ouvir e depois acabamos deixando de lado. As crianças adoraram ouvir o que outras crianças achavam das obras, mas não estavam concordando com algumas impressões e depois resolveram que era mais fácil não ficar ouvindo e só observar as obras.

Menino Anjo, de Maureen Bisilliat

A minha filha mais velha (5 anos) parou na frente de uma foto, infelizmente não fotografei essa foto, e me perguntou quem era o menino. Li o que estava escrito ao lado. Ela queria saber o que ele estava fazendo ali parado e eu disse que ele estava vendendo o que tinha naquele balde para ganhar dinheiro para ajudar a família dele. Ela queria saber se ele não ia na escola e eu disse que achava que sim e que ele trabalhava depois da escola. Expliquei que existe crianças que infelizmente não podem brincar a tarde toda como elas, porque precisa ajudar a família. Que talvez nunca tenha entrado em um museu, como elas entram e observam tudo. Ela ficou bem triste ao descobrir que outras crianças não podem viver isso que ela gosta tanto.

Criança Morta, de Portinari

Mais para frente, o tema era a Morte e a minha filha mais nova (3 anos) parou diante do quadro do Portinari, Criança Morta, por um tempão. Sem tirar os olhos da pintura, ela me perguntou por que estavam todos chorando no quadro. Eu respondi que era por causa do menino que tinha morrido. "O que está no colo do papai?" ela me perguntou e eu disse que sim. Ela abriu um berreiro. Não parava de chorar. Muita gente veio ver o que tinha acontecido e ela ainda olhando o quadro. "Por que ele morreu, mamãe?" e eu respondi que foi de fome. "Por que o papai e a mamãe dele não deram comida para ele?" e eu disse que porque eles não tinham comida também. "Não tinha ninguém que morava perto dele que tivesse comida?" e eu quase chorando também respondi, não sei. "Não tinha ninguém perto dele que pudesse dar alguma coisa para ele comer e não morrer?" Ela ficou chorando o resto da exposição até chegar na outra exposição, a do Playground. Aí ela esqueceu do menino e começou a querer brincar, só.

MASP desenhado por crianças

Fiquei feliz por ver que a obra do Portinari tocou tanto a minha filha. Ela conseguiu pegar toda a emoção que ele estava querendo passar. A indignação dela diante da morte de outra criança me deixou grata, porque sei que estou educando elas da maneira correta. A mais velha teve uma reação mais leve diante da idéia de outras crianças não terem o tempo para se divertir como ela, mas mesmo assim mostrou a indignação diante da desigualdade que existe no mundo.

Exposição Playgrounds

A segunda exposição do dia foi a campeã. Todas as crianças adoraram. Conversei com a monitora que estava no local e ela me disse que chegamos no melhor horário, era umas 18 horas e como o MASP só fechava as 20 horas por ser quinta-feira, as crianças aproveitaram muito. Só tinha o nosso grupo lá brincando. E todos que chegavam depois eram adultos, então não iam brincar. Talvez até quisessem, mas por te crianças não brincavam. Ficamos mais de uma hora lá brincando. De terça-feira que é gratuito e de final de semana me informaram que tem muita criança por lá e fica bem difícil de todos brincarem.

Blocos de montar, igual ao que tem na entrada.

Como em toda exposição ou passeio que faço, perguntei o que mais gostaram e a resposta foi quase unanime, a escada. Nunca tinham visto uma escada assim, torta. Parecia uma rampa, mas era escada. Lembro que quando fui a primeira vez no MASP, eu era um pouco mais velha que elas, eu também adorei a escada. 

A escada do MASP



Informações:
Exposição: Histórias da Infância
De: 08/04/2016 à 31/07/2016
Local: MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Endereço: Avenida Paulista, 1.578
Horário: De terça à domingo das 10h as 18h. Quintas das 10h as 20h.
Entrada: Inteira R$ 25,00  
               Meia R$ 12,00 
               Menores de 10 anos gratuito 
               Terças gratuito
Site: http://masp.art.br/masp2010/exposicoes_integra.php?id=261&periodo_menu=breve
Audio Guia: https://soundcloud.com/maspmuseu

Exposição: Playgrounds
De: 18/03/2016 à 24/07/2016
Local: MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Endereço: Avenida Paulista, 1.578
Horário: De terça à domingo das 10h as 18h. Quintas das 10h as 20h.
Entrada: Entrada: Inteira R$ 25,00  
               Meia R$ 12,00 
               Menores de 10 anos gratuito 
               Terças gratuito
Site: http://masp.art.br/masp2010/exposicoes_integra.php?id=260&periodo_menu=