sábado, 30 de janeiro de 2016

Bloco de Carnaval de Rua - Vila Madalena

Imagine uma pessoa que não gosta de Carnaval e é tão desligada para essas coisas que nem percebe que o programa que decidiu fazer no dia leva direto para um lugar assim. Imaginou? Sou eu!



Hoje, dia 30 de Janeiro de 2016, o meu marido e eu decidimos que iríamos comer em um restaurante na Vila Madalena na hora do almoço. Entrei no aplicativo de fazer reservas e dava que não poderia fazer hoje. Achei que deveria ser muito movimento de sábado e resolvemos ir e ver se dava para comer lá na hora. Se não desse, tem muitos restaurantes na região.


Chegamos por volta das 13 horas e quando nos aproximávamos da Rua Aspicuelta vi umas pessoas com fantasia e logo em seguida um aviso que a rua estaria fechada para o Carnaval. Como já estávamos lá, resolvemos seguir com o plano. Paramos o carro num dos vários estacionamentos da Rua Fradique Coutinho, perguntei para o manobrista se tinha muita bagunça dos foliões por ali e ele me respondeu que só lá pelas 19 horas. Então seguimos para o restaurante que descobrimos que estava fechado. Fomos em um dos bares de esquina que tinha almoço e começamos a almoçar. 



Aos poucos começamos a ouvir uma única música de Carnaval que ia se sobrepondo as músicas do rádio do restaurante. O Bloco Kolombolo Diá Piratininga estava desfilando pela Morato Coelho e subiu a Aspucuelta, bem na esquina que estávamos. As minhas filhas puderam ver, "de camarote", o bloco passando. O cortejo não estava muito grande, mas a música estava bem alta. Continuaram almoçando e observaram o que estava acontecendo. A minha filha mais velha (5 anos) achou a música muito alta e estava irritada um pouco, ela queria saber porque eles não poderiam abaixar um pouco o volume, já que dava para ouvir muito bem de longe. A minha filha mais nova (3 anos) começou a cantar o refrão.



Bem na hora que viraram a esquina, pararam de cantar e a bateria tocou por uns 10 minutos, muito bonito. Gosto só da bateria. Penso na dificuldade de coordenar todas as pessoas e fazer um som tão lindo. Depois o bloco subiu a rua e nós acabamos de comer.

Perguntei para as minhas filhas o que acharam do Bloco de Carnaval. Não era o que tínhamos planejado, mas era algo bem diferente do que elas estão acostumadas. A minha filhona disse que gosta mais do bailinho de Carnaval da escola onde ela estuda. A música é mais baixa e ela consegue entender o que estão cantando. Contudo, ela gostou muito de ver as pessoas fantasiadas e a bateria tocando. Achou bonito. A pequena disse que achou tudo muito legal. E começou a cantar o refrão sozinha.



Continuando com o nosso plano, fomos para a loja de chocolate que mais gostamos aqui de São Paulo, Cacao Sampaka. No caminho cruzamos com o bloco que agora contava com mais gente e tinha mais chegando correndo para participar. Fomos comer chocolate, as minhas filhas gostam do bombom de chocolate amargo com framboesa e provaram hoje o de chocolate amargo com maracujá também. Eu comi o que eu mais gosto, bombom de azeite e provei o bombom de chocolate amargo com cumaru. Quando estávamos acabando de comer, o bloco chegou na frente do estabelecimento.



Algumas das pessoas que trabalham na chocolateria ficaram na frente para que não invadissem o local, entendo, porque no restaurante os garçons fizeram a mesma coisa. Algumas pessoas entram ou empurram as coisas e pode dar prejuízo aos lojistas. Como tem uma pequena área na frente da chocolateria, para quem quer comer do lado de fora, fomos lá um pouco e as minhas filhas ficaram estudando os movimentos das pessoas e depois começaram a sambar. 



Achei a experiência muito boa. Se não tivesse ocorrido como foi, talvez nunca levasse as minhas filhas para um Carnaval de rua. Como era a tarde, logo depois do almoço, tinha algumas crianças dançando junto com o bloco o que fez com que as minhas filhas se soltassem. Era um ambiente mais família com poucos bêbados. Acredito que a decisão de gostar ou não de algo é delas e não minha, posso tentar orientar um pouco. Para quem quer apresentar o Carnaval de rua aos filhos pequenos, foi bem tranquilo. Pode fazer como nós que vimos de dentro de restaurante. Dá até para as crianças dançarem. 

Informações:
Kolombolo Diá Piratininga
Site: http://www.kolombolo.org.br/

Cacao Sampaka
Endereço: Rua Aspicuelta, 207 - Vila Madalena
Horário: De terça a sábado das 10h as 19h e domingo das 11h as 18h.
Site: http://br.cacaosampaka.com/

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Exposição: Mondrian e o Movimento de Stijl



Fomos na exposição do Mondrian na inauguração, dia 25 de Janeiro de 2016 por uma coincidência. Eu estava organizando as coisas da Viagem à New York que fizemos em Dezembro de 2015 e encontrei uma das atividades do MoMA que eles propõe para fazer com as crianças, que era do Mondrian. Foi a primeira vez que as minhas filhas viram alguma obra dele. E eu estava mostrando para a minha filha mais velha (5 anos) e ela disse que não lembrava direito das obras. Comentei que tinha uma exposição que iria começar e ela ficou interessada. Entrei no site do Centro Cultural Banco do Brasil e para a minha surpresa tinha ingressos para a inauguração. Resolvemos fazer um passeio familiar e a madrinha da minha filha mais velha foi conosco.


Chegamos lá com o nosso ingresso gratuito com hora marcada e logo entramos. Eles falam para começar a exposição do subsolo e depois subir para entender a trajetória do artista, mas não é realmente necessário. Começamos do 4 andar e descemos como sempre fazemos lá. Não queria pegar fila durante a exposição. Estava relativamente vazio e deu para vermos tudo com calma. Na nossa saída, o Centro Cultural estava lotado.


Maquete de uma casa Stijl

No total são 60 obras de Piet Mondrian e de outros artistas do Movimento de Vanguarda Moderna Holandesa conhecida como De Stijl. Eu o conhecia por suas obras geométricas e era essas que havíamos visto no MoMA também, mas eu gostei bastante do moinho de Vento que ele fez. A parte de arquitetura me chamou muita a atenção pois elas são modernas, ainda hoje, e foram projetadas em 1924. As minhas filhas adoraram a cadeira e a mais nova (3 anos) queria sentar e eu estava explicando que mesmo sendo cadeiras não pode mexer ou sentar. Então o guarda se aproximou e disse que ela poderia sentar na cadeira do andar térreo, que foi feita para sentar e tirar foto. E que naquele andar tinha um jogo interativo que ela poderia fazer. Depois de vermos as peças do andar, fomos ao tal jogo interativo e as minhas duas filhas fizeram um quadro no estilo Stijl.


Jogo Interativo

Outra peça que chamou a atenção delas foi um boneco articulado que fizeram um video mostrando a transparência, as cores e os movimentos possíveis. Elas adoraram o video e estavam brincando como se fosse um jogo do X Box. Foi engraçado de ver.


Boneco Articulado

Como era inauguração tinha uma equipe de filmagem lá e eles ficavam na frente das obras para falar sobre a exposição e até ficaram tempo demais na cadeira que podemos sentar e tirar fotos. O curador estava presente e com seus convidados. Estava bem interessante. Normalmente tem atividades para as crianças, eu achei os lugares, mas não tinha ninguém presente no dia. Creio que durante a exposição terá. No subsolo tem um cantinho para as crianças tentarem refazer um quadro do Mondrian, mas as minhas filhas não conseguiram nem mexer muito. Ficaram num cantinho. Tinhas umas moças na faixa de 20 anos que ocuparam tudo e não deixava elas brincarem.


Quadro do moinho de vento

Tinha um quarto montado no estilo do movimento e não sei porque me lembrou mais a obra "O Quarto em Arles" do Van Gogh. Depois em casa olhando o quadro do Van Gogh não era realmente parecido, mas não sei se era a posição, me fez lembrar.


Quarto no estilo Stijl

No térreo tem algumas coisas interessantes: Tem a cadeira para sentar e tirar fotos. Tem um lugar para você colocar o seu celular e tirar foto como se estivesse dentro de um quadro do Mondrian e um jogo de montar um quadro do Mondrian usando um Kinect. Acho que poderiam ter variado um pouco essa parte porque tudo era refazer um dos quadros geométricos do Mondrian. A peça preferida das minhas filhas foi a cadeira. 


A famosa cadeira que podemos sentar para tirar fotos.

Informações:
Exposição: Mondrian e o Movimento de Stijl
De: 25/01/2016 à 04/04/2016
Local: Centro Cultural Banco do Brasil
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro
Horário: De quarta à segunda das 9h as 21h.
Entrada: Franca (Reserva de entrada com data e horário marcado no site do Ingresso Rápido https://www.ingressorapido.com.br/compras/?id=46160#!/ )
Site: http://culturabancodobrasil.com.br/portal/mondrian-e-o-movimento-de-stijl/

sábado, 23 de janeiro de 2016

Passeio: Zoológico e Zoo Safari

Fomos no último dia 21 de Janeiro de 2016 no Zoológico de São Paulo. A minha filha mais velha (5 anos) já havia estado lá quando tinha um ano e meio e a minha filha mais nova (3 anos) nunca esteve no Zoológico aqui de São Paulo.




Não sou muito fã de Zoológicos, Aquários etc. por achar que os animais deve estar soltos na natureza, no seu habitat natural, mas quando vamos viajar é difícil de não fazer um passeio para um desses tipos de lugares porque é o que as crianças gostam de ver. Preciso sempre mesclar passeios culturais dos quais as vezes elas ficam entediadas, com passeios que chamem a atenção delas. Como elas já conheceram o Zoológico de Barcelona e do Central Park achei que seria certo conhecerem da cidade onde elas moram.




Chegamos e o dia estava quente. Por ser um dia de semana dava para andar, como é férias sempre tem muita gente. Não compramos o ingresso para ver a parte dos Dinossauros, achamos melhor focar nos animais vivos, antes que eles desapareçam também. Eu havia esquecido dos eventos ocorridos em 2004 e só me lembrei quando fomos perto da jaula do Gorila que estava fechada e dos leões. Para quem não lembra, em 2004 cerca de 100 mamíferos do Zoológico de São Paulo foram envenenados. Em 2009 disseram que teria sido um vírus e não uma pessoa. O que eu sei é que diminuiu muito o número de animais e não voltou a ser como era. Outra coisa que notei é que depois do incidente do menino do Paraná em 2014 que perdeu o braço por ir mexer no tigre, todos os animais ferozes estão atrás de vidro e os animais não tão ferozes tem proteção elétrica, que na minha opinião é mais uma proteção para o animal do que a chance dele sair e nos atacar.




As minhas filhas gostaram bastante, principalmente que não sabem que antes tinha muito mais bichos. A mais velha me perguntou porque tinha a cerca elétrica em volta do Elefante e eu contei a história do menino. A primeira pergunta dela foi "Não estavam dando comida para o tigre?", eu respondi que estavam e que o menino e o pai dele que fizeram coisa errada, ela me perguntou em seguida se não tinha proteção como alí e eu disse que tinha, mas eles não obedeceram. Ela ficou com dó do Tigre.




Como estava muito quente, fomos tomar sorvete perto dos dromedários e foi quando eu descobri que dá para você fazer o passeio do Zoo Safari, ex-Simba Safari, do Zoológico. Achei uma boa. Você paga o mesmo valor com o seu carro ou com o carro deles. Fomos com o carro deles, o motorista muito simpático nos explicou as coisas e o passeio dura de 40 a 60 minutos. Antes de entrar você pode comprar ração para dar aos animais e ele diz para quais animais e como devemos dar a comida. Os animais mais ferozes estavam em jaulas também. 



Lembro de ter ido no Simba Safari quando era criança e que fiquei com muito medo dos animais perto do carro e da grade no carro. O motorista nos contou que teve um caso de um menino que pediu para sair do carro para ver os leões de perto e o pai parou o carro e deixou o menino sair sem problemas maiores. Na hora eu pensei, quem poderia fazer isso com um filho, mas no fim do passeio um pai com duas crianças que estavam na van conosco pediu para deixar os filhos saírem para mexer nos animais o que o motorista disse que não podia por ser contra as regras do lugar e que tem animais selvagens soltos que poderiam ferir-las.




Ao fim do passeio voltamos para o Zoológico e vimos os outros animais. Estavam fazendo uma gravação lá e não sei do que se tratava, mas colocavam uma música muito alta que irritava os meus ouvidos e do lado de fora (estavam na parte dos anfíbios) as araras e os macacos estavam tão irritados quanto eu com a música. Outra coisa absurda que eu achei foi uma mãe dizer para a filha que o Lobo-Guará era o Lobo Mau. A menina estava irritada e falando grosserias para o animal e os pais ajudando. Porque ele é mau. É por esse tipo de educação que alguns animais estão em ameaça de extinção. Intolerância das pessoas. 




Perguntei ao final do dia do que elas mais gostaram do passeio e a resposta foi: A mais velha gostou do Serval e a Jaguatirica. A minha mais nova gostou do Lobo-Guará, Elefante, da Girafa mamãe, papai e filhote e das aves que foram perto do carro comer.

OBS: Eu esqueci de mencionar, os banheiros do Zoológico estavam limpos o dia todo. Tinha sempre alguém limpando. Fiquei impressionada e feliz em ver eles cuidando disso. Lembro que não era bem cuidado antes.

Informações:
Zoológico de São Paulo
Endereço: Avenida Miguel Stéfano, 4241
Horário: Diariamente 
Entrada: R$ 30,00 (de 6 a 12 anos R$ 10,00 até 5 anos gratuito)
Estacionamento: no local.
Site: http://www.zoologico.com.br/
OBS: Mundo do Dinossauro paga-se a parte (R$ 12,00)

Zoo Safari
Endereço: Avenida do Cursino, 6338
Horário: Diariamente
Entrada: R$ 28,00 (de 4 a 12 anos R$ 12,00 até 3 anos gratuito)
OBS: Pode usar o seu carro ou o carro do Zoo Safari. Mesmo preço. Pode pegar de dentro do Zoológico.
Site: http://www.zoologico.com.br/a-fundacao/zoosafari