terça-feira, 21 de abril de 2015

Borboletário Águias da Serra

Fomos ao Borboletário de São Paulo, Águias da Serra, no dia 20 de Abril de 2015. 


Minhas filhas segurando borboletas

Ele foi inaugurado em 28 de Fevereiro de 2015 e o primeiro desafio é chegar até lá. Ele fica a 40 minutos do Autódromo de Interlagos, porém uns 15 minutos antes de chegar o meu celular ficou sem internet e sem conexão, o que me deixou preocupada, já que não poderia ligar para pedir ajuda e nem tinha para quem pedir informação no meio do caminho. Eu coloquei no Waze as coordenadas que eles indicaram no site no início da estrada da Ponte Alta, imprimi o mapa e segui as instruções. Parece que tem um caminho pelo Rodoanel, mas não encontrei informações pelo caminho e achei melhor seguir à risca tanto na ida como na volta. Seguindo o mapa não tem erro. Eles falam para seguir os pontos vermelhos nos postes pelo caminho e isso ajuda muito. O único problema foi quando chegamos perto do trilho do trem, não tem mais postes com as marcas e a estrada vira para a esquerda com uma ponte que parece abandonada, mas não está. É por ela mesmo que devemos ir e ao passar virar, a direita e as bolas vermelhas voltam a aparecer. Na entrada tem uma placa marrom da prefeitura avisando que é o Borboletário, mas a entrada é como de uma chácara particular. Você estaciona o seu carro após passar pelo portão. 


O Borboletário é um pouco longe da entrada, mas tinha guias mostrando o caminho até lá. Depois que passa a entrada do Borboletário (foto), tem uns cartazes explicando como são os ovos de borboleta, as lagartas e a metamorfose. Muito interessante e bem explicado, mas ninguém parava para lê-los. No final dele tem um laboratório e alguns biólogos que explicam cada fase para os visitantes, você pode ver de perto todos os estágios. O que nos atendeu tinha muita paciência. A minha filha mais nova (2 anos) não parava de fazer perguntas e o moço respondia tudo. Ela queria saber onde estavam as "boleletas" e ele respondeu que daqueles ovos saíam as lagartas (mostrando na mão a lagarta) e que depois formava a crisálida (com uma na mão) e aí virava borboleta. Ela fez aquela cara de quem diz, não acredito e disse para ele "não entra boleleta aí". Ele insistiu. Ela continuou respondendo que não tinha lá. Ela era a criança mais nova lá e como tinha muito interesse nas coisas o biólogo deu muita atenção.


Frente do Laboratório com as crisálidas e as borboletas que nasceram no dia.

A minha filha mais velha (4 anos) tentou explicar para a irmã que era aquilo mesmo. Que ela aprendeu na escola no ano passado, mas a pequena continuou achando difícil aquela lagarta virar a borboleta. Então o moço pediu e pegaram 3 das borboletas do laboratório, todas que estão lá nasceram no dia e eles esperam elas conseguirem voar sozinhas para coloca-las no viveiro. Entregaram para ele, a minha pequena pegou a lupa que estava lá para olhar de pertinho e os detalhes e disse "Ah! Essa é boleleta". 


Borboleta de Couve (que foi libertada na hora)

Seguimos o moço e o vimos soltar as borboletas e depois continuamos o nosso passeio pelo viveiro. Lá nós vimos as borboletas: Monarca, de Couve, Heliconus erato, rosa-de-luto e olho de coruja. As meninas queriam ver a pingos-de-prata porque é vermelha, mas não encontramos uma perto.

Heliconus erato 

O viveiro não é muito grande, mas é muito bonito. Dentro encontramos outra bióloga que explicou os tipos de borboleta. Ouvíamos uns estralos e ela disse que era de uma das espécies de borboleta que bate as patinhas nas asas fazendo aquele barulho para chamar a atenção das fêmeas. 

Rosa-de-luto 

Devo dizer que fiquei muito orgulhosa das minhas meninas. Tinha outras crianças, mas elas não queria saber direito sobre o que estava acontecendo lá. Queriam sair e brincar nas outras coisas. Já as minhas tinham muitas perguntas; a mais velha queria saber se as borboletas monarcas que tinham lá eram as mesmas do desenho dos Irmãos Kratts que ela tinha visto. Disse que no desenho mostrou que elas migram no inverno. A bióloga explicou que sim, mas como estas eram daqui do Brasil que não tem variação de temperatura não precisam fazer a migração. E perguntou se ela sabia que é sempre a quarta geração que migra. Minha filhona disse que sim, que o Chris havia dito no programa.

 Várias borboletas olho de coruja


Como tem tela para as borboletas não fugirem, ficou muito quente lá, mas logo ligaram os sprinklers e ficou bem gostoso. As borboletas pequenas somem com a "chuva de borboleta" mas as grandes continuavam por alí.

Olho de coruja acasalando 

A borboleta Olho de Coruja pode não ser a mais bonita, mas com certeza é a mais dócil. As meninas conseguiram chegar bem perto. Outras crianças berravam e elas não assustavam. A bióloga foi mostrar as que estavam acasalando (foto), porque elas ficam assim por horas e como são da espécie mais calma, podíamos ver como era.

Monarca 

Chegamos na hora do almoço e fomos direto ver as borboletas, depois vimos a fazendinha que fica ao lado com bois, cavalos, burro, patos, gansos, galinhas. Os visitantes podem dar feno para os animais. Parecia que o cavalo estava pedindo, ele relinchava e mostrava o feno para a gente. Minhas filhas, com muita distância, deram comida para os bichos. Depois foram ao parquinho brincar.

Uma Heliconus erato pousou na mão da minha filha

Na Águias da Serra, além do Borboletário tem local para refeição, banheiros, fazendinha, parquinho, local para esportes radicais, vi que dava para fazer tirolesa, caiaque, pesca esportiva, trilha ecológica e parede de escalada. Tem a programação que pode ser vista no site. Acho que é um bom passeio para se fazer em um dia inteiro e as minhas filhas adoraram.


Informações:
Endereço: Estrada da Ponte Alta, 4300 (site tem explicação de como chegar)
Eu sugiro que imprimam o mapa do site e utilizem o GPS junto. Uns 15 minutos de lá não pega nem celular, nem internet.
Horário: Sábados, Domingos e Feriados das 10h as 15h (e emenda de feriado) Com chuva é difícil aproveitar.
Entrada: Adulto R$ 38,00  Crianças (5-9 anos) R$ 25,00 Crianças (0-4) Gratis.

Site:  http://borboletarioaguiasdaserra.com.br



2 comentários: